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sexta-feira

Credo familiar



Esse é uma juntão de dois textos "antigos" que postei no Mammys Blog e no meu blog pessoal, retratando as mudanças que o Arthur trouxe à minha vida, reposto esse texto nesse novo espaço com algumas adaptações, pois meu filho já cresceu e claro mudanças ocorreram.



Nessa nova onda que se inicia em minha vida, o resgate de coisas antigas se faz necessária; educação, amor, magia, religião, amizades, essas precisam novamente de manifestação diária, zelo e compaixão.



Sem falar no quesito maternidade e suas descobertas, tantas coisas pra relatar, tantas dúvidas pra tirar, pois aposto que com o filho que tenho, certas descobertas espirituais e energéticas precisam ser contadas, para comprovar a mim mesma que nós, os pais, não somos totalmente loucos, rs.



Desde o nascimento de meu filho, muitas coisas mudaram em minha vida, minha alma, meu corpo e minha mente.



Idéias, sugestões e decisões permearam meu raciocínio; algumas já sendo colocadas em prática, mesmo que isso me doa no início.



E agora, com o Arthur tendo 2 meses (já estamos no 4º mês), o marido voltando para o trabalho (já voltou), tenho a certeza que as coisas ficarão, a cada dia que passa, mais calmas (nem tanto assim, rs).



Com essa "calmaria" a vontade de escrever tem se manifestado cada vez mais forte, reabrir um blog foi uma idéia antiga que agora toma forma (falo do meu blog pessoal).



Nas mudanças necessárias e urgentes que preciso fazer, a prioritária tem a ver com o meu credo, minha religião e meu modo de ver o mundo; e também com as coisas que meu marido acredita.



Nesses anos todos, onde abracei o paganismo e nele aprendi muitas coisas maravilhosas, mudei e remudei minhas práticas e meus credos. Saí de um mundo que considerava só meu e entrei num mundo onde dividi e ritualizei com outras pessoas; foi um momento muito bom, aprendi coisas importantes, criei amizades maravilhosas, convivi com colegas interessantes e amadureci pensamentos. Só que também aprendi (as duras penas) que esse mundo coletivo, de Coven, não serve pra mim; ritualizar as vezes com pessoas de confiança é ótimo, fazer isso sempre, não!



Embora eu acredite em muitas coisas que a maioria das pessoas não levam a sério, essas mesmas coisas fazem parte do meu ser, me acompanham desde que eu nasci e não vai ter ninguém no mundo que possa me dizer se estou praticando certo ou errado, nem os deuses.



Pq tentar é a palavra chave, é a força motriz! E preciso voltar a tentar, colocar em prática ensinamentos que tomei na cara, sentir coisas que só eu sei o que é ou quem é, e principalmente, tornar a prática novamente constante. Essa é a meta de 2011.



Nessa minha caminhada espiritual, onde aprendi a seguir mais meus instintos que os livros e as leituras (não que eles não tenham me ensinado ou auxiliado), sei que é fazendo, colocando a mão na massa, que conquisto as coisas; esse fazer não se resume a montar um altar, orar a quem se acredita ou acender velas e fazer pedidos, esse fazer também tem a ver com a mente, com a vontade e principalmente com o saber pedir e o saber agradecer,  pq sim, tudo tem uma consequência, o Universo é feito de trocas, você goste ou não.



Agora com o Arthur no mundo, me preocupo com que tipo de ensinamento mágico/filosófico/religioso darei a ele, não é nada fixo ou rígido como qualquer religião dogmática do planeta, até pq não acredito que a religião salve alguém, nossos atos são o que conta no final; tem a ver com que valores mágicos e morais que quero passar para ele.



Valores como respeitar a natureza, as pessoas, os animais e suas energias, fazê-lo compreender que a mente e a vontade tem poder, passar os ensinamentos que recebi de minha família italiana (mesmo que não tenha convivido diretamente com eles em vida), da família italiana de meu marido (as coisas que ele sabe fazer e ouviu da mãe), da minha avó baiana e suas crendices afros e de meus pais (com a mistura esotérica, agnóstica, espírita e católica); ensinar as coisas que aprendi na Rosacruz e na HON, juntar com os do marido (ele com os gregos), mas também as coisas que já nasci sabendo e aquelas outras que descobri com a prática.



Me pego lembrando das conversas com minhas avós, sobre coisas de cozinha, de farinhas, de massas, de geladeiras, de ervas, de mandingas, de escritos, tábuas, papéis, velas, queima, cortes, tesouras, facas, resguardos, proteções, banhos e maldições. Fico pensando em quantas coisas deixamos passar, as mesmas coisas que quando lemos em certos livros, nos dão um click de "já ouvi isso antes". Leio e releio (atualmente) um livro velho, destroçado, de magias italianas brazucas, coisas do interior que tem extrema força pra mim.



Percebi que meu filho vai ter um ensino religioso diferente e sem fronteiras, sem paredes, sem instituição; vai aprender sobre Stregoneria, sobre Iemanjá, Menina Janaína, o mundo espiritual e suas divisões by Kardec, energias orientais, ensino Egípcio e Grego, esoterismo e afins, toda aquela fonte mista onde eu e o pai dele bebemos por toda a nossa vida até aqui.



E lendo e relendo esse texto, chego a conclusão que meu filho é muito sortudo por ter os pais que tem!

Então é isso!!! Novo espaço, novas idéias, novas experiências, novas descobertas; quem quizer passear comigo, só me dar a mão!

Postado originalmente em 31/01/11 e editado em 08/04/11.


Beijocas Enluaradas,
Kytanna

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