No Círculo

Caldeirões





Kemetismo Ortodoxo
 
[credo que Kytanna professa]




O termo Kemetismo deriva de Kemet ou Kmt (terra negra), nome dado ao Antigo Egito quando os faraós governavam as duas terras do Nilo. Portanto, a religião kemética é nada mais nada menos, do que a praticada na antiguidade por este povo.
    A religião do Egito, diversamente do que se acredita, era monólatra. Isto é, possui uma estrutura de muitos deuses que derivam de uma grande fonte divina: um e muitos, muitos que são um. 


    Netjer ("poder divino" no antigo idioma), também chamado de Tem, Temu ou Atum foi o primeiro deus. Ele/ela gerou os outros deuses (Netjeru) bem como o mundo como o conhecemos. Estes Netjeru são deuses independentes que, por sua vez reunidos formam uma entidade única, Netjer. Os "Nomes" de Netjer ( Rá, Ísis, Osíris, Anúbis etc) são suas diferentes manifestações.
    Esta religião, mais além do paganismo, pertence ao tradicionalismo africano. Não é uma nova religião, uma interpretação New Age, uma mistura de wicca com o panteão egípcio, tampouco uma improvisação. 


    O Kemetismo é a prática da religião antiga tal e qual era no passado; por isso seu exercício requer um compromisso de preservação da herança cultural. É a continuação do que os antigos egípcios faziam e acreditavam. Não é aplicar parte do antigo ao novo, mas sim utilizar o antigo na modernidade, sem modificá-lo. Desta forma, precisa-se não somente de fé, mas de um grande esforço e tempo dedicados a ler e aprender.
    Atualmente existem diferentes grupos keméticos, mas o primeiro (e reconhecido legalmente) foi o da religião Kemética Ortodoxa. Esta foi criada no final dos anos 80 por Sua Santidade, Nisut Hekatawy I (AUS), fundadora da House of Netjer,nos EUA. A House of Netjer foi o primeiro templo físico existente fora do Egito em milhares de anos. O Kemetismo Ortodoxo é também o único a possuir uma líder espiritual como os antigos egípcios tinham a figura do faraó.

    O Kemetismo Ortodoxo, semelhante ao praticado pelos antigos, baseia-se em cinco pilares:
  • Ma’at: o termo egípcio de justiça, verdade, ordem, equilíbrio;
  • Netjer: a divindade e todos os seus Nomes (Netjeru);
  • Akhu: os ancestrais;
  • Nisut (AUS): rei e líder espiritual, a ligação entre Netjer e os homens;
  • A comunidade praticante da religião.
 









Dianismo

[credo que Luciana professa]




 Sobre nós, mulheres...


"Ela é a voz que diz ‘Por aqui, por aqui’. Ela carrega dentro de si
os elementos para cura (...) ela dispõe do remédio para todos os
males. Ela carrega histórias e sonhos, palavras e canções (...) Ela
é tanto o veículo quanto o destino". 
(Mulheres que Correm com os Lobos, p.26-27.)




1. Veneração à Deusa e às Deusas. Prática reservada às mulheres.

2. Crença de que a Deusa é tudo e contem todas as coisas dentro de si.

3. Veneração da Deusa em todas as suas faces. A Tradição Diânica é,
ao mesmo tempo, monoteísta, politeísta e animista, sendo a ênfase
dependente de cada praticante.

4. Possibilidade da diânica feminista – se assim o desejar ‐ praticar ou
ser membro de outras tradições pagãs (inclusive tradições mistas e que
veneram o Deus).

5. Veneração aos ciclos naturais/ciclos das mulheres.

6. Consciência ambiental.

7. Defesa da emancipação e empoderamento da mulher (não é a
dominação da mulher sobre o homem!). O ativismo político é muito
importante para muitas diânicas feministas. O empoderamento pessoal
é importante para todas.

8. Substituição de um modelo de dominação social (a que
geralmente chamamos de patriarcado ou androcracia ) por um
modelo de cooperação social (ou gylania ). Substituição de
hierarquia por parceria, particularmente nas relações religiosas.

9. Valorização da mulher e da natureza. Inclusive o lado “feminino”
dos homens.

10. Crença e prática da magia.

11. Moral pagã – substituição de um modelo dicotómico entre o
bem e o mal e a noção de pecado pela noção de responsabilidade e
causa e conseqüência. Não rejeição das emoções consideradas
“negativas” ou da Sombra, mas aplicação e expressão responsável
destas.

12. Valorização da diversidade e tolerância.



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